quarta-feira, 25 de maio de 2011

Calorosa(mente)








A noite é quente, e impossibilita-me de estar coberta com algo a não ser o teu corpo, o calor faz com que os nossos corpos se atraiam, e com que cada gota de suor adormeça nos lençóis. Brisa ante brisa faz com que o calor atenue, e seja possivel respirar algum ar fresco. Não dava para continuar deitada, levantei-me cautelosamente para não te acordar e tentei desunir o meu corpo do teu com a maior suavidade de sempre. Meus pés cansados e descalços, vão á cozinha buscar um copo de água fresca para me refrescar a alma, e com aquele toque suave na garganta, me dar um pouco de prazer á alma. Os pés descalços e cansados regressam, exaustos devido ao calor que estava nessa mesma noite.
Levantam-se calmamente do chão, espreguiçam-se e voltam a tocar no lençol molhado e amordaçado, os pés repousam de novo, mas indicam ao resto do corpo que apesar do calor assaz, sentem a necessidade de voltar à sua temperatura anterior, mesmo sendo ela difícil de suportar.


Pensando positivo, nem todas as noites são quentes.




Texto e Fotografia : Helena Leão

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